terça-feira, 9 de junho de 2009

Uma Questão de Sorte!

Bem meus amigos, passadas quatro etapas do nosso campeonato de 2009 (a nona edição) o que vem a tona neste momento é o fator sorte. Porque alguns pilotos estão valorizando tanto este fator? Isto é sem dúvida uma questão muito interessante. Ao refletir sobre esta questão, fui em busca do saber, e encontrei que a sorte “é uma força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida; concebida de maneira análoga ao destino, fado”. Outros importante personagems de nossa humanidade assim a definem:
  • "A diligência é a mãe da boa sorte". - Miguel de Cervantes
  • "Há quem atribua ao seu valor aquilo que deve à sorte". - Públio Siro
  • "A sorte, para chegar até mim tem de passar pelas condições que o meu carácter lhe impõe". - Sébastien-Roch Chamfort
  • "Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade". - Albert Camus
  • "Não falemos mais de acaso e de sorte, ou então citemo-los apenas para ocultar a nossa ignorância”.- Jacques Bossuet
  • "O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem". - "Dom Quixote" - Miguel de Cervantes
  • "Em todo o caso, casai-vos. Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-eis filósofos, o que é excelente para os homens". - Sócrates
  • "A sorte é um acaso, a felicidade uma vocação". - "Pensamentos" - Alexandru Vlahuta

Fiquei bastante impressionado com os pensamentos acima, em particular da citação de Socrates (hehehe).
Brincadeiras a parte, eu adiciono um outro pensamento que deve ser considerado:


Se a sorte é fruto do acaso conforme Alexandru Vlahuta afirma e se o acaso não existe conforme allan Kardec, leva-me a creditar valor nas palavras de Jaques Bossuet. Mas na verdade o que estamos ignorando é o próprio valor mascarado pela designação da palavrinha “sorte”, portanto Públio Siro nos suscita à dúvida supracitada.

A natureza da existência do homem é marcada por diversas situações, onde a “sorte” é a única palavra a servir de adjetivo. Mas será isto correto? Ou será fruto realmente de nossa parca inteligência, de nossa diminuta capacidade de enxergar os fatos como eles realmente são?

Retornando o nosso foco de atenção: ao XKart e em particular ao campeonato atual. Ter “sorte” está se tornando uma vergonha, algo a ser escondido ou objeto de desejo e inveja de outrem. Não penso que esta tendência seja salutar, muito pelo contrário. O que de fato temos certeza é que os acontecimentos em nossas vidas, sejam boas ou ruins, estão sob a batuta de algo intangível e fora do alcance de nossa imaginação. Se não temos condições, neste momento, de compreender estas condições porque dar a elas tanta importância? Sejamos mais leves, mais tranqüilos, mais equilibrados e buscar em nosso divertimento motivos de alegria, insumo indispensável a todos nos. Mesmo nos momentos felizes quanto nos momentos de insatisfações, temos que extrair do ditado: “Sorte de uns azar de outros”, o que de melhor ele tem! Se o meu suposto azar promove a suposta sorte de quem eu sinceramente goste, o meu suposto azar se tornará também uma suposta sorte. No entanto os sentimentos opostos podem nos levar as raias da inveja e do orgulho ferido e principalmente do egoísmo.

**Fim**

3 comentários:

  1. Parabéns, adorei o texto, me parece muito oportuno a várias situações. E creio piamente que o ditado citado por último é o de maior valor filosofico, para qualquer um em qualquer situação."O acaso não existe"!

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  2. Muito bom o texto, Ricardo, mas eu discordo do Kardec. O acaso existe sim. São as coincidências da vida.

    A sorte nada mais é do que o nome dado ao acaso bom. Aquele que nos favorece. E azar é o acaso ruim, aquele que nos atrapalha ou que nos prejudica.

    Abs

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  3. A fé não pode ser discutida, ou é aceita ou não. É uma condição individual que não pode ser contestada, mas apenas respeitada...

    No entanto, esquecendo momentaneamente a fé e os ângulos filosóficos, essa questão já foi extensamente apreciada pela ciência: "Deus não joga dados com o universo...". Essa frase é bastante conhecida, e foi proferida por Einsten, outra grande celebridade que defendia que o acaso não existia. Acreditava que a aleatoriedade era uma simples questão de falta de domínio das relações de causalidade do nosso cotiano( aleatoriedade subjetiva ). De fato, propôs um experimento para conprovar sua assertiva, experimento esse que só após sua morte houve condição de levar a cabo. Einstein não pode ve-lo executado e provavelmente ficaria surpreso com seu resultado, já que confirmava a existência da Aleatoriedade! Cientificamente ficou comprovada a existência do acaso...

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