- "A diligência é a mãe da boa sorte". - Miguel de Cervantes
- "Há quem atribua ao seu valor aquilo que deve à sorte". - Públio Siro
- "A sorte, para chegar até mim tem de passar pelas condições que o meu carácter lhe impõe". - Sébastien-Roch Chamfort
- "Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade". - Albert Camus
- "Não falemos mais de acaso e de sorte, ou então citemo-los apenas para ocultar a nossa ignorância”.- Jacques Bossuet
- "O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem". - "Dom Quixote" - Miguel de Cervantes
- "Em todo o caso, casai-vos. Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-eis filósofos, o que é excelente para os homens". - Sócrates
- "A sorte é um acaso, a felicidade uma vocação". - "Pensamentos" - Alexandru Vlahuta
Fiquei bastante impressionado com os pensamentos acima, em particular da citação de Socrates (hehehe).
Brincadeiras a parte, eu adiciono um outro pensamento que deve ser considerado:
- “O acaso não existe.” -Allan Kardec
Se a sorte é fruto do acaso conforme Alexandru Vlahuta afirma e se o acaso não existe conforme allan Kardec, leva-me a creditar valor nas palavras de Jaques Bossuet. Mas na verdade o que estamos ignorando é o próprio valor mascarado pela designação da palavrinha “sorte”, portanto Públio Siro nos suscita à dúvida supracitada.
A natureza da existência do homem é marcada por diversas situações, onde a “sorte” é a única palavra a servir de adjetivo. Mas será isto correto? Ou será fruto realmente de nossa parca inteligência, de nossa diminuta capacidade de enxergar os fatos como eles realmente são?
Retornando o nosso foco de atenção: ao XKart e em particular ao campeonato atual. Ter “sorte” está se tornando uma vergonha, algo a ser escondido ou objeto de desejo e inveja de outrem. Não penso que esta tendência seja salutar, muito pelo contrário. O que de fato temos certeza é que os acontecimentos em nossas vidas, sejam boas ou ruins, estão sob a batuta de algo intangível e fora do alcance de nossa imaginação. Se não temos condições, neste momento, de compreender estas condições porque dar a elas tanta importância? Sejamos mais leves, mais tranqüilos, mais equilibrados e buscar em nosso divertimento motivos de alegria, insumo indispensável a todos nos. Mesmo nos momentos felizes quanto nos momentos de insatisfações, temos que extrair do ditado: “Sorte de uns azar de outros”, o que de melhor ele tem! Se o meu suposto azar promove a suposta sorte de quem eu sinceramente goste, o meu suposto azar se tornará também uma suposta sorte. No entanto os sentimentos opostos podem nos levar as raias da inveja e do orgulho ferido e principalmente do egoísmo.
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